segunda-feira, 8 de abril de 2013

Allen Ginsberg: Vida e Obra


Allen Ginsberg dispensa apresentações. Um dos mais famosos poetas-anarquistas contemporâneos do século passado que influenciou ídolos do rock and roll como Bob Dylan, Beatles e Jim Morrison. Assumindo um estilo de vida bizarro, ganhou popularidade em 1955 com o seu poema Howl.


Expoentes do movimento literário denominado de beat, composto por um grupo de autores que trabalhavam com poesia, prosa e consciência cultural.  Ginsberg articulou e formalizou, em parceria com Kerouac, Burroughs, Corso, Ferlinghetti, Snyder e outros, a beat. Sua escrita, atípica, oscilava entre pólos: do mantra ao sexo explícito, do sagrado ao profano, do espiritual ao material.
A editora Novo Século lança neste mês a obra Mente Espontânea, uma coleção valiosa, extensa e inteligentemente editadas de entrevistas dadas pelo poeta entre 1958 e 1996.
De uma conversa com o conservador Willian F. Buckley em seu programa no canal PBS, passando pelo testemunho de defesa no julgamento dos Sete de Chicago, até o relato ardente de sua inspiração em Cézanne, Blake, Whitman e Pound, as entrevistas colhidas em Mente Espontânea desnudam o pensamento de Ginserbeg.

Playboy: Você foi capaz de aceitar plenamente sua própria homossexualidade?
Allen Ginseberg: A homossexualidade tem sido como um ko’an – um enigma Zen para mim. Áreas inteiras referentes à minha mãe foram negadas, e me levaram a esse caminho sexual. O enigma era: Como eu lido com minha homossexualidade? Eu a aceito ou a rejeito ou me apavoro, ou penetro nela e descubro o que é? Outro problema: Isto é algo público? Algo tão comum é público; algo que acontece conosco é tão bom ou tão mal quanto algo é como assunto para a poesia. É verdadeiro. Então posso escrever naturalmente sobre minha própria homossexualidade. Os poemas são mal-interpretados como a promoção da homossexualidade. Na verdade, é mais como a promoção da franqueza, sobre qualquer assunto. Se você tem fetiche por pé, você escreve sobre os pés; ou se você é um alucinado do mercado de ações, você pode escrever sobre o aumento de ereções na curva de vendas no gráfico de petróleo padrão. Quando poucas pessoas são francas com a homossexualidade em público, isso quebra o gelo; então qualquer um pode ser honesto com qualquer coisa. Isso é socialmente útil.
(trecho da entrevista concedida a Paul Carroll para a revista Playboy, em 1969. Allen considerava a entrevista concedida ao jornalista como uma de suas melhores).

Organizadas cronologicamente e consideradas, em alguns casos, impublicáveis até então, estas entrevistas foram conduzidas ao longo da extensa carreira do poeta. Do final dos anos de 1950 até meados da década de 1990, Ginsberg fala francamente sobre sua vida, seu trabalho e eventos que marcaram seu tempo, permitindo o leitor a conhecer mais uma vez o que pensava e sentia uma das figuras mais influentes literárias e culturais do nosso tempo.
Um verdadeiro resgate biográfico da incrível evolução de Ginseberg!

Sobre o autor:  Allen Ginsberg nasceu em 1926, em Newark, Nova Jersey. Filho de Naomi Ginsberg e do poeta lírico Louis Ginsberg, deixou a vida em abril de 1997. No ano de 1956, publicou seu poema inaugural, “Uivo”, um dos mais lidos e traduzidos do século. Foi membro da Academia Americana de Artes e Letras e nomeado Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras pelo Ministério da Cultura francês, além de ter sido cofundador da Escola de Poesia Desencarnada no Instituto Naropa, o primeiro renomado colégio budista do mundo ocidental.

Ficha Técnica:
ISBN: 978-85-7679-837-8
Nº de Páginas: 616
Formato: 16x23
Preço R$ 79,90

Enviado por: Lilian Comunica - Assessoria de Imprensa

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